O que é que se faz quando as alergias se tornam parte permanente, e num estado agravado, da nossa vida? Aprende-se a estar e a conviver com elas. Há momentos em que as odeio mesmo, momentos em que se está bem entre amigos e elas atacam e o corpo vence a mente e sou obrigada a afastar-me porque as comichões são tantas que só de compressa emudecida com soro fisiológico a coisa vai lá. Acordo com o olho vermelho e já sem dor. Deito-me com o olho vermelho e com dor, como se alguém me estivesse a espetar agulhas nos olhos. Para o mês vou ao oftalmologista outra vez e tremo só de pensar nisso, porque desta é que vou andar pelas ruas à Camões! Ai, o que tiver que ser é. De Camões privado a Camões público. Que bonito! Eheheheheh! Se não me rir fico deprimida! Rir e rir e rir da minha imagem de penso no olho! Se for como o penso que tive que pôr no braço ainda estou em risco de ganhar outra tatuagem! Sim, porque agora também faço alergia a adesivos. Está bonito, está. Vou arranjar uma venda à Camões, pode ser que adquira algum do brilhantismo dele, pela influência da venda...
Hoje os meus dedos não escrevem nada que se aproveite, mas é pelas poucas horas que dormi e que tenho dormido. Estou cansada e aborrecida com a herança genética que me saiu na rifa. Estou feliz na mesma, mas chateada por ter piorado novamente. Amanhã estou com o Mano e esqueço rapidamente as alergias e a dor. Amanhã estou curada! Com tantos sorrisos, risos e gargalhadas, deixo fugir do meu corpo alérgico e inconformado o aborrecimento. Terapia: rir.
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