Estou ansiosa, nervosa e excitada com a perspectiva da manhã de amanhã. Na minha barriga alojou-se desde ontem um monstro. A sua figura é nada mais que a dos meus órgãos em forma de nó. Não um simples nó que se desata com um simples puxar de uma ponta. Um nó que não se desfaz até à manhã de amanhã. Um nó que me provoca calafrios, formigueiros esguios na barriga e deixa o cérebro em perfeito estado de êxtase.
Já puxei todas as pontas que encontrei. Já me pus de pernas para o ar na tentativa de esvaziar o pensamento. Já rebolei e voltei a rebolar para ficar tonta e ver estrelas em vez de ideias flutuantes em comboio na linha da minha mente. Já suspirei e soltei sorrisos tolos. Agora espero pela manhã de amanhã sem combater o monstro nó que se alojou dentro de mim por uns dias. Sim, anseio com uma antecedência prolongada... até à manhã de amanhã.
Oiço a música assinalada em baixo e levito o corpo e a mente. Agora neste segundo sou partículas. Sou fragmentos. Sou as minhas mãos que não param e mantêm-se firmes em estado calmo para protecção de todo o corpo. Sou partículas. Sou fragmentos. Sou as minhas mãos. Sou o monstro nó.
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